
Pearl Harbor, nos EUA, foi atacado em 7 de Dezembro de 1941 por aeronaves vindas do Japão com a missão de destruir propriedades e vidas estadunidenses em território dos Estados Unidos da América (EUA). Em 7 de Agosto de 1942, o almirante alemão K. Dönitz decidiu fazer algo semelhante com o Brasil. É o que trataremos nesse artigo. No caso dos EUA, o Japão teve que pagar um preço alto por isso (os EUA lançaram dias bombas atômicas no Japão).
Em 28 de Agosto de 1941, pouco mais de dois meses após a invasão da UdSSR por Hitler, Stalin iniciou a deportação dos russos descendentes de alemães que habitavam a região do Wolga, pois vivendo aglutinados eles mantinham fortemente a germanidade (Deutschtum) e assim representavam um enorme perigo, pois, com a ascensão de Hitler, o Deutschtum se transformou em Nazitum em toda parte onde alemães viviam aglutinados, inclusive no Brasil. Temia-se a invasão nazista por dentro dos respectivos países. na União Soviética foram 373.000 teuto-soviéticos transferidos na marra para o Casaquistão e Sibéria. Stalin temia que eles praticassem o Nazismo e sabotassem instalações do Estado enquanto o exército russo estava ocupado expulsando as forças armadas nazistas que haviam invadido a UdSSR.
No Brasil, houve por parte do governo federal também represálias contra os alemães residindo no Brasil, seus parceiros nazistas e seus descendentes que por lei eram cidadãos brasileiros, apesar deles não se sentirem como tais. Porém a retaliação do Brasil não somente foi bem mais amena do que nos EUA e na UdSSR, não aconteceu somente apenas por causa da destruição de propriedades brasileiras e do assassinato de cidadãos brasileiros a sangue frio, mas também por causa do perigo geral que a Alemanha e os „frutos“ da imigração alemã representavam para o Brasil na época. O Brasil temia também perder o controle sobre as atividades desse grupo e os problemas que isso causaria ao país.
A paciência do Brasil foi fatal para os brasileiros
O Brasil sempre valorizou a paz nas relações com todos os países e sempre foi muito tolerante, mesmo com os imigrantes alemães que não queriam ser brasileiros, que imigraram para o Brasil voluntariamente, mas viviam em grupos fechados para cultivar a germanidade (Deutschtum) com tanta fidelidade e afinco que sonhavam um dia separar o sul do Brasil para fundar uma Nova Alemanha. Seus jornais e revistas, que circularam livremente pelo sul do Brasil até 1941, são até hoje evidências palpáveis de que eles se consideravam, sem exceção, defensores da germanidade (Deutschtum) e também a praticavam com imensa fidelidade.
Durante as primeiras ondas de imigração, o governo brasileiro recebeu os imigrantes, dentre eles, os alemães dando-lhes presentes: cada família de imigrantes alemães recebeu um lote de terras gratuito de 77 hectares, além de assistência através do fornecimento de alimentos, sementes, ferramentas e o mínimo indispensável nos primeiros tempos para facilitar sua entrada em solo brasileiro e dar-lhes boas oportunidades de progresso econômico e social. Com essa pequena fortuna eles imediatamente passaram a possuir ainda mais terras do que alguns nobres alemães em seu país de origem. Mas, diferentemente de todos os outros imigrantes, eles obviamente não vieram para o Brasil somente porque eram pobres e sofriam dificuldades em sua terra natal, mas também para cultivar sua germanidade no Brasil, para viver entre seus semelhantes e, se possível, para fundar seu próprio estado alemão. Em troca, eles receberam apoio ativo do estado alemão e da Igreja Protestante, bem como de inúmeras empresas e outras instituições alemãs.
Com o passar do tempo, a influência alemã no Brasil cresceu rapidamente. Essa influência „foi sentida não apenas nos acordos diplomáticos e comerciais, mas também na própria presença alemã no país, tanto dos nascidos na Europa quanto de seus descendentes, que se orgulhavam de sua ascendência germânica e eram responsáveis pela existência de uma imprensa organizada e voltada para os imigrantes — de língua alemã —, quanto de uma estrutura escolar que, até 1938, não estava sujeita aos entraves da legislação brasileira„. (Azevedo, 2010, p. 8).
Quando Hitler, em 1933, foi eleito chanceler com fervorosa adoração e ajuda popular, também já havia uma paixão fervorosa pelo nacional-socialismo entre os descendentes de alemães no Brasil. A simpatia por Hitler e o isolamento existentes dos grupos alemães facilitaram as ações do partido do movimento nazista, o NSDAP, no Brasil. Com a ajuda dos alemães e seus descendentes no Brasil, o NSDAP conseguiu expandir seus campos de ação das regiões alemãs da Europa para as regiões no Brasil onde existiam a minorias alemães.
Descendentes de alemães precisaram ser forçados a se assimilarem

Nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, viviam cerca de 100.000 imigrantes alemães e mais de 800.000 teuto-brasileiros. Os colonos e seus descendentes fervorosamente mantiveram em grande parte sua germanidade e formaram o que os brasileiros chamavam de “cistos étnicos”. Eles se auto-segregavam de todos os outros grupos étnicos e dos brasileiros, possuíam escolas e professores com currículo de aulas próprias, em língua alemã, e o financiamento da manutenção da germanidade era realizado principalmente pelo Estado alemão.
“Não desembarcaremos tropas como Guilherme, o Conquistador, para conquistar o Brasil com armas nas mãos. As armas que temos são invisíveis.“
Um trecho citado em Bartelt, “‘Quinta Coluna’ sem um Plano”, pág.1. Ver também Jürgen Müller, Nacional-Socialismo na América Latina: a organização estrangeira do NSDAP na Argentina, Brasil, Chile e México, 1931-1945 (Heinz, 1997).
„Criaremos no Brasil uma nova Alemanha. Encontraremos lá tudo de que necessitamos“
O embaixador brasileiro Sérgio da Costa atribui tal frase a Hitler.
O capital alemão estava fortemente enraizado nas entranhas do mercado brasileiro e com isso a política em todas as esferas dos três poderes não ficara de fora. O Brasil já havia se transformado numa extensão do micro-território alemão, não somente para o Deutschtum e o Nazitum, mas também para a economia alemã. Para se ter uma idéia sobre a dimensão do uso do Brasil para finalidades alemães, principalmente sobre a ingerência dos alemães e seus descendentes no Brasil, que não se consideravam brasileiros, a VARIG (Viação Aérea Riograndense) foi uma companhia tradicional gaúcha, fundada em 1927 por uma combinação de empresários teuto-alemães, ou seja, aviadores germânicos estabelecidos no Brasil após a Primeira Guerra Mundial e o governo estadual do Rio Grande do Sul. A força e a ingerência do Estado alemão na companhia aérea gaúcha era facilitada pelos decendentes de alemães („brasileiros“) dentro do Brasil, era tão grande que o consulado norte-americano se queixava ao governo Vargas de que o presidente da Varig, o alemão nato Otto Ernst Meyer, era “forte apoiador do nazismo”. (FORTES, 2004)
Durante o Estado Novo, os ataques aos navios brasileiros e a entrada no Brasil como aliado dos EUA na Segunda Grande Guerra, a situação da empresa ficou delicada, levando a uma ação do governo federal: “O impacto da mudança de cenário se deu de forma mais aguda na Varig, presidida por um alemão nato afiliado ao nazismo, que passou por uma intervenção branca, virando uma espécie de para-estatal” (FORTES, 2004). A controvérsia dizia respeito não só à presença de capital e diretores alemães na empresa, mas à própria filiação política dos seus dirigentes. Há muito tempo que os descendentes de alemães, que por força da lei brasileira possuíam a nacionalidade alemã no papel, estavam ocupando cargos políticos e noutros lugares dentro dos três poderes do Brasil, mesmo sem se considerarem brasileiros, nutrindo a idéia de fundarem um Estado próprio, separando a região sul do restante do Brasil.
A pressão dos EUA sob o Brasil impulsionou a nacionalização da VARIG. Porém, dentro do Brasil era impossível deter a já forte influência alemã de cunho Deutschtum e Nazitum. Para a Varig se fortalecer economicamente, foi preciso encontrar um meio de enfraquecer a Panair do Brasil, o que então aconteceu também. Porém esta história deverá ser contada noutro artigo, pois isso aconteceu depois de 1945, na era pós-nazismo no Brasil. O Nazitum foi forçado a „desaparecer“ do Brasil, mas tão logo que as medidas do governo brasileiro para forçar a assimilação dos descendentes de alemães dentro do Brasil foram neutralizadas, o Deutschtum voltou com muita força, pois esse grupo de descendente de imigrantes alemães permaneceu aglutinado numa região.
A forte influência alemã no Brasil forçou o governo a por fim na mesma, pelo menos no período nazista no Brasil
A influência alemã no Brasil possibilitou aos agentes nazistas um esforço missionário até mesmo junto aos quadros de lideranças brasileiras, e tornaram-se cada vez mais agressivos, fato esse que tornaram especialmente os planejadores estratégicos do Exército muito preocupados com a segurança interna do país. Foi nesse contexto que decidiu-se forçar a assimilação das colônias estrangeiras relutantes em se comportarem como cidadãos nacionais, sobretudo a alemã, e a pôr fim à propaganda de partido político estrangeiro em solo brasileiro. A proibição do Partido Nazista em Abril de 1938, que se seguiu à proibição de organizações políticas nacionais em Dezembro de 1932 e as restrições ao uso da língua alemã em escolas particulares deram à campanha de “brasilianização” a aparência de uma campanha geral contra as influências culturais e políticas alemãs. HILTON, 1975.
Se apresentar como vítimas do Estado brasileiros tem sido até os dias de hoje a maneira como brasileiros descendentes de alemães lidam com essa parte da história deles no Brasil.
O Brasil pagou um preço alto por se defender do perigo alemão. Nos jornais e livros da época circulava a todo vapor a versão alemã desta história. A paciência e tolerância brasileiras mas uma vêz se voltou contra o Brasil. Durante dez anos o Brasil tolerou que o Partido Nazista atuasse legalmente no Brasil, disseminando ideais totalitários e antissemitas em jornais, eventos e até mesmo em escolas da comunidade alemã. O Partido Nazista Alemão estava representado em 17 estados brasileiros (incluindo os estados da Bahia, Pará e Pernambuco). Seu número de membros era de 2.900 alemães, um contingente superado apenas pelo partido na Alemanha. Entre os 83 países onde havia uma “filial” do Partido Nazista de Hitler, o Brasil ocupa o primeiro lugar, à frente até mesmo da Áustria, terra natal do Führer. Entretanto, essa tolerância dos brasileiros quase lhes teria custado o sul do Brasil durante o Segundo e depois o Terceiro Reich Alemão, se os alemães não tivessem perdido a Primeira e depois a Segunda Guerra Mundial. A tolerância do Brasil perante as práticas de germanidade pelos alemães e seus descendentes colocou de veras o Brasil em situação de risco.

Imagem: Fundação do primeiro grupo hitlerista no estado de Santa Catarina, no distrito de Bella Aliança (Rio do Sul), no Vale do Itajaí (SC), década de 1930.
A julgar a maneira como o Brasil acordou de vêz para o perigo alemão dentro de suas fronteiras, o governo brasileiro devia estar bem ciente dos objetivos do novo sistema político alemão, o Terceiro Reich, na Europa quando proibiu quase tudo que se relacionasse com alemães no Brasil. Não podemos esquecer que os alemães no Brasil já eram fervorosos nacional-socialistas em 1929. Não muito tempo atrás, durante o Segundo Reich, membros das minorias alemãs no Brasil também estavam considerando tornar sua região no Brasil autônoma e para fundarem um país de cunho germânico.
Na Alemanha, ao longo do tempo, personalidade se expressavam sobre a importância da influência alemã no Brasil da seguinte maneira:
No II Império Alemão
Von Miquel: a idéia básica de enviar pessoas para onde elas possam preservar sua germanidade, formando um estado dentro de um estado, por assim dizer, é em si correta.
Von Bülow: “A melhor garantia será sempre, por um lado, uma frota forte e, por outro lado, que os elementos alemães no sul do Brasil vivam o mais próximo possível uns dos outros.”
Von Tirpitz: Agora que o governo central no Brasil evaporou, precisamos fortalecer a germanidade presente nos estados federados… Se ocorrerem abusos, estamos em posição de fazê-los sentir nosso poder.”
No III. Império Alemão
Sob a presidência do Dr. Hans K. E. L. Keller, a ‚Academia de Berlim para os Direitos dos Povos‘ escreveu um relatório secreto em Setembro de 1941 que tratava dos objetivos de guerra do Partido Nacional-Socialista. <A ordem alemã da Europa>, diz, <… adotará o slogan do ‚direito de autodeterminação dos povos‘, mas – e isso é o que há de novo – implementará esse direito de autodeterminação não com base no Estado, mas com base no povo… O antigo princípio de igualdade entre Estados será simplesmente substituído pelo novo princípio de liderança entre os povos. A implementação desta doutrina…virá garantir a liderança da Alemanha na Europa… .BRENNER, pág.131
Os alemães sonhavam novamente com o domínio mundial do Deutschtum e se vingaram do Brasil porque este não apoiou tal sonho, então os decendentes de alemães no Brasil foram forçados a abdicarem do Deutschtum que já havia se tornado Nazitum.
Tanto o Imperador Wilhelm II quanto Hitler apoiaram grupos de emigrantes alemães como minorias no exterior, a fim de dar força aos seus esforços de permanecerem culturalmente, economicamente e, se necessário, militarmente conectados ao seu país de nascimento. A escritora Seyferth explica a situação da seguinte forma: “Para a ideologia nacionalista alemã, não é o território ou o estado que liga as pessoas à nação, mas sim “uma comunidade de interesses e uma cultura, raça e língua comuns“ SEYFERTH (1981, p.45). Ideologicamente, financeiramente e legislativamente, os membros do grupo de imigrantes alemães no Brasil receberam amplo apoio de seu país de origem para continuar a germanizar esta região como uma região do „Deutschtum“ do Brasil: o compromisso massivo de igrejas alemãs, escolas alemãs, associações alemãs, jornais e revistas alemães, consulados alemães e relações alemãs os ajudaram a criar seu próprio universo dentro do Brasil.
A minoria alemã no Brasil foi, portanto, dificilmente integrada à sociedade brasileira até o início do Terceiro Reich (1933) e abrigou o desejo de se separar desta região do Brasil para estabelecer seu próprio Estado alemão. A preservação da germanidade da maneira que até mesmo os membros da comunidade de imigrantes alemães nascidos no Brasil praticavam, portanto, tornou-se um grande problema para o Brasil, que só tomou contramedidas apropriadas quando o Terceiro Reich alemão atacou o Brasil. Em sua tese de habilitação, Nicolas Forster escreve que “as preocupações do Brasil sobre ter que se defender contra reivindicações alemãs em seu próprio país” tornaram-se grandes demais e que a intenção de Berlim era clara: queria fortalecer seu próprio poder e ideologia no Brasil. FORSTER NICOLAUS, p.128.

Os imigrantes alemães e seus filhos muitas vezes se casavam entre si porque cultivavam a Alemanha, sentiam-se como alemães do Reich e, portanto, se recusavam a ser considerados brasileiros. “A grande minoria alemã no Brasil estava, como já foi dito, pouco integrada à sociedade brasileira.”, FORSTER NICOLAS, p.127. Entretanto, com a ascensão dos ideais nacional-socialistas na Alemanha, a germanidade se tornou o nazismo brasileiro, disseminado por imigrantes alemães dentro da colônia alemã. E o perigo alemão tornou-se fortemente tangível.
A influência nacional-socialista na região do Brasil habitada por imigrantes alemães e seus descendentes „não começou com a tomada do poder por Hitler em 1933, mas já em 1929, e mesmo antes disso, a ideologia nazista foi disseminada pelos imigrantes alemães“. FORSTER NICOLAU, pág.129
Quando o Terceiro Reich aprovou a Lei de Defesa em 21 de Maio de 1935, todos os alemães que viviam no exterior foram igualados aos alemães de todos o Reich. O Brasil se manifestou contra tal medida e fez com que “o Itamaraty, por meio de sua embaixada em Berlim, comunicasse que não gostava que os brasileiros natos de origem alemã fossem considerados alemães. FORSTER NICOLAU, pág.127. O governo alemão bem sabia que onde os alemães vivem de forma aglutinada, o Deutschtum (germanidade) é fervorosamente mantido por eles. E era sabido que no Brasil a região alemã era tão fervorosamente nazista quanto na Alemanha, pois o partido nazista foi fundado até bem cedo e tomou grande dimensão muito rapidamente dentro do Brasil.
Neste caso, o III Reich da Alemanha argumentou de forma consequente à cultura deles, ou seja, a Lei do III Reichde 1913, respectiva à Nacionalidade, foi criada fazendo jus à cultura, ou seja, a nacionalidade é derivada da descendência sanguínea nacional, ou seja, „baseada no sangue“, o „ius sanguis“, e não do país de nascimento, de acordo com o „ius soli“. Segundo essa interpretação, não apenas os 89.000 alemães nativos que estavam registrados como estrangeiros no Brasil eram cidadãos alemães, mas também toda a minoria alemã no Brasil. Assim, mesmo aqueles nascidos no Brasil de pais alemães eram considerados alemães para o III Império alemão, eles registrados e convocados para o serviço militar. Aliás, essa lei permaneceu essencialmente válida para a República Federal da Alemanha até a década de 1990. FORSTER NICOLAU, pág.128.
As diferenças entre os dois países não se deviam apenas a uma compreensão diferente da doutrina da nacionalidade, mas também à preocupação do Brasil em ter que se defender das reivindicações alemãs em seu próprio país. Além disso, a intenção de Berlim era clara: eles queriam fortalecer seu próprio poder e ideologia no Brasil.
O Brasil rompe com a Alemanha, mas se posiciona neutro e sofre retaliação fulminante
Em Janeiro de 1942, após a declaração de guerra da Alemanha e da Itália aos Estados Unidos e a Conferência do Rio de Janeiro, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha no mesmo mês de Janeiro de 1942, mas permaneceu neutro. A Alemanha não gostou dessa ruptura porque o Brasil seria importante para compor e fortalecer o eixo Alemanha, Itália e Japão.
Inicía-se a defesa do Brasil contra o perigo alemão interno
A Alemanha nas formas políticas de II Império e III Império planejaram desmembrar o Sul do Brasil e nele construir uma nova Alemanha. O autor alemão do livro „Gross Deutschland, die Arbeit des 20. Jahrhunderts („A Grande Alemanha, obra do século XX), publicado pela Bruni Bolger Verlagsbuchhandlung em Leipzig, em 1911, estabelece o princípio da repartição das Américas Central e do Sul entre as grandes potências imperialistas, reservando para a Alemanha a zona subtropical banhada pelo Atlântico:
„A América meridional alemã nos proporcionará, na zona temperada, um espaço de colonização onde nossos emigrantes conservarão sua língua e autonomia. Exigiremos, porém, que o alemão seja ensinado nas escolas como segunda língua. O Sul do Brasil, o Paraguai e o Uruguai são países de cultura alemã. O alemão passará a ser a língua nacional.“
Tomar conhecimento da alma que regia os alemães em seu II Império e que se exacerbou tornando-se o nazismo é de suma importância para entender como funcionava a mentalidade dos imigrantes alemães e seu descendentes do Brasil.
„O povo alemão deve tomar a África Central…; e finalmente para a metade sul da América do Sul. Então terá um império colonial que corresponde à sua estrutura de poder.
Política emocional é estupidez. Idiotice de humanidade é bobagem. Deve-se começar distribuindo boas ações aos compatriotas. Política é negócio. Certo e errado são conceitos necessários na vida civil.
O povo alemão está sempre certo porque é o povo alemão e possui 87 milhões de compatriotas.
Durante o III Império alemão o Deutschtum se tornou violentíssimo, foi como se quizessem, agora com muita força ideológica e militar, orquestrando os descendentes de alemães no exterior, moldar o mundo. A frase do imperador alemão que dizia „Através da natureza alemã, o mundo será curado“, ou seja, eles viam o mundo não germânico como algo doente.
As consequências imediatas desta declaração de guerra alemã para todos os membros da minoria alemã no Brasil foram a proibição da língua alemã e da atividade política, bem como restrições à prática profissional e às viagens dentro do Brasil. Isto foi seguido pela prisão de pessoas suspeitas com passaportes alemães ou identidades ocultas, contra as quais o serviço secreto brasileiro vinha investigando desde 1938. Entre os presos estavam membros de células de espionagem nazistas que estavam operando por todo o país para se preparar para uma conquista do Atlântico Sul e explorar “novos espaços de vida” para o povo germânico. Alguns imigrantes judeus-alemães também foram presos e tiveram que dividir celas com espiões nazistas em prisões como a Ilha das Flores, perto do Rio. MOREIRA, Pedro. pág.430.
A Alemanha afundou navios mercantes do Brasil, país neutro, e matou centenas de brasileiros
A Alemanha não aceitou perder perante o Brasil, então ela atacou friamente navios mercantes brasileiros de Fevereiro a Maio de 1942. Em 16 de Junho de 1942, Hitler ordenou que dez submarinos fossem lançados ao Atlântico Sul para atacar o Brasil. Os ataques a navios brasileiros aumentaram, e não se limitaram aos navios no Caribe, na costa dos EUA – que uma zona de guerra. O ataque alemão se estendeu aos navios de passageiros que estavam diretamente em águas brasileiras e nelas eles mataram 652 brasileiros a sangue frio.
Os alemães ameaçavam o Brasil em todas as oportunidades, como se pode ler, por exemplo, na edição N.3 V.2 da revista Navigator V.2, na página 60: „As palavras do embaixador alemão Prüfer ao chanceler Oswaldo Aranha deixaram claro o que aconteceria se o Brasil rompesse relações com as potências do Eixo: „(…) isso significaria, sem dúvida, um estado de guerra latente, que provavelmente levaria a eventos equivalentes à eclosão de uma guerra real.““ Mas na página 58 desta edição, lê-se o seguinte: „Pelas palavras deste próprio oficial alemão, podemos acusá-lo de crimes de guerra sem sermos tachados de parcial, pois ele não esconde seu desejo de realizar um ato de represália contra o Brasil.“ Por fim, na página 66, pode-se ler ainda o seguinte: „O Comandante-em-Chefe da Marinha Alemã, Almirante Raeder, propôs a Hitler que um grupo de dois grandes submarinos Tipo IX-C e oito submarinos Tipo VII-C de média tonelagem, escoltados pelo submarino-tanque U-460, fossem enviados ao Brasil para atacar simultaneamente todos os navios nos portos de Santos, Rio de Janeiro, Bahia e Recife entre 3 e 8 de agosto, e então minar suas entradas.“ E Jürgen Rohwer – um ex-piloto de submarino alemão – revela que Hitler teria concordado, mas pediu que as consequências políticas da retaliação fossem esclarecidas junto ao seu Ministro das Relações Exteriores. Jürgen Rohwer, no entanto, disse que o Ministro Ribbentrop „expressou sérios escrúpulos, porque esse ataque colocariam em questão não apenas o Brasil – que já era considerado um participante da guerra, como também os EUA, antes de Pearl Harbor – mas também a Alemanha. Argentina e Chile ficaram do lado dos Aliados. Hitler revogou seu consentimento e ordenou que os submarinos já em andamento fossem transferidos para outras áreas operacionais.“ N.3 V.2 da revista Navigator V.2.
Ataques alemães mortíferos contra brasileiros catapultaram o Brasil para a II guerra mundial
Os ataques com torpedos aos navios mercantes Baependi, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, ocorridos entre 15 e 17 de Agosto de 1942, representaram um dos episódios mais dramáticos da história recente do Brasil e são mais uma característica das relações germano-brasileiras. As atrocidades, planejadas e executadas por um único submarino operando sob a bandeira nazista, provocaram uma reação violenta da população brasileira e levaram o país a declarar guerra à Itália e à Alemanha. Esses foram ataques terroristas sérios demais para que tenhamos qualquer dúvida sobre seus verdadeiros motivos e perpetradores.
„A situação criada pela Alemanha, praticando atos de beligerância, bárbaros e desumanos contra a nossa navegação pacífica e costeira, impõe uma reação à altura dos processos e métodos por eles empregados contra oficiais, soldados, mulheres, crianças e navios do Brasil. Posso assegurar aos brasileiros que me ouvem, como a todos os brasileiros, que, compelidos pela brutalidade da agressão, oporemos uma reação que há de servir de exemplo para os povos agressores e bárbaros, que violentam a civilização e a vida dos povos pacíficos.“
— Oswaldo Aranha
“Manobras livres” autorizadas por Doenitz na área marítima brasileira
Em 7 de Agosto de 1942, Dönitz tomou uma decisão que mudaria a história do Brasil: o U-507 recebeu uma mensagem de rádio para realizar “manobras livres” ao longo da costa brasileira. O submarino, comandado pelo Tenente-Comandante Harro Schacht, afundou cinco navios costeiros brasileiros na costa de Sergipe e Bahia, matando 652 pessoas, incluindo mulheres e crianças. Em Baependi, quase todas as crianças foram mortas; apenas um garoto de 16 anos foi salvo. O alto número de vítimas fatais ocorridas no naufrágio do Baependi, do Araraquara e do Aníbal Benévolos se deve à brutalidade do ataque realizado pelo Comandante Schacht, quando disparou dois torpedos, um após o outro. Esta ação do comandante do U-507 foi desumana e criminosa porque ele levou esses navios ao fundo do mar em poucos minutos, em uma noite escura e em mar agitado. Em outras palavras, toda a tripulação e passageiros desses navios não tiveram oportunidade de sair devido ao rápido naufrágio devido à “máxima eficiência” do comandante do U-507. Parecia que os alemães queriam destruir os brasileiros rapidamente e com todas as suas forças, mesmo em suas águas – os brasileiros que encontravam à sua frente.
O capitão Schacht sabia melhor do que ninguém que disparando um torpedo após o outro ele causaria o maior número de mortes entre os passageiros do navio. Tal guerra, especialmente contra uma nação neutra, não foi um ato de guerra, mas um ato de violência armada e criminosa desproporcional, realizado em nome de uma ação punitiva porque o Brasil não apoiava as potências do Eixo. Portanto, vale a pena notar que nesta guerra vários comandantes de submarinos tentaram conduzir a guerra submarina de uma maneira mais humana (ou, como outros diriam, com “eficiência mínima”). Em guerras com elementos mais humanos, os navios inimigos eram atacados com um único torpedo para dar tempo às tripulações de chegarem aos botes salva-vidas. Entretanto, esse não foi o comportamento dos comandantes dos submarinos alemães em relação ao Brasil.
Até os dias da invasão alemã, do afundamento de navios brasileiros e do assassinato de cidadãos brasileiros, o Brasil era neutro, razão pela qual o naufrágio brutal de cinco navios mercantes desarmados e sem escolta de uma nação neutra em 48 horas, com um total de 607 mortes, levou a manifestações violentas no Brasil e à declaração de guerra do Brasil à Alemanha e à Itália em 22 de agosto de 1942.
O livro “Operação Brasil”, de Durval Lourenço Pereira, contém documentos que comprovam que os ataques aos portos do Pará, Natal, Recife, Bahia, Rio de Janeiro e Santos foram planejados. Sobre Recife, o relatório alemão afirma:
„Pernambuco está se tornando uma das bases mais importantes para rotas de escolta de comboios entre a América do Sul e a África. A cidade e o porto estão localizados às margens de um rio, sem nenhuma medida de segurança e diretamente em mar aberto. A bacia do porto tem uma milha náutica (1.852 km) de comprimento e 300 metros de largura e não oferece segurança suficiente para todos os navios que atracam neste importante porto. Por esta razão, navios de guerra em particular preferem permanecer ancorados na baía aberta“.
„A profundidade da água (12–15 m) é desfavorável para um ataque submarino perto da baía. No entanto, uma tentativa de atacar os navios ancorados lá com um ataque surpresa e a colocação de minas parece promissora. Um ataque de fogo direto também é concebível. Um ataque a navios de guerra brasileiros seria um grande sucesso, especialmente em vista do prestígio conquistado.“

No primeiro semestre de 1942, submarinos alemães afundaram 13 navios cargueiros brasileiros. Em 16 e 17 de Agosto de 1942, o submarino alemão U-507 torpedeou cinco navios mercantes desarmados com bandeira do país na costa do Brasil em 40 horas, incluindo o Baependi e um navio de peregrinação.

Baependi: em 16.08.1942 às 19:10 foram disparados dois torpedos. Esses dois torpedos atingiram o Baependy no lado estibordo. O navio então adernou, virou e afundou em cinco minutos. O capitão, 54 tripulantes e 215 passageiros, incluindo 142 membros do 7º Regimento de Artilharia Brasileiro, morreram. 18 tripulantes e 18 passageiros escaparam para a costa brasileira próxima em um bote salva-vidas. O jantar estava sendo servido a bordo. Como o mordomo-chefe do Baependy, Sebastião Ferreira Tarouquella, estava comemorando seu aniversário naquele dia, o jantar foi organizado com grande esforço. A orquestra de bordo tocou e muitos passageiros dançaram samba. Um segundo torpedo atingiu os tanques de óleo, incendiando rapidamente o navio. Imediatamente as luzes a bordo se apagaram. O navio atingido inclinou-se fortemente para estibordo. Às vezes, as chamas eram tão altas que quase atingiam o topo dos mastros. Houve pânico e choque entre passageiros e tripulantes. Na escuridão e no caos, não foi possível baixar os botes salva-vidas corretamente.

Araraquara: avistou um navio a vapor em 16 de agosto de 1942 às 00h27 e se aproximou para atacar. Às 02:03, o Schacht disparou um torpedo contra o navio. Este torpedo atingiu o Araraquara na popa 40 na sala de máquinas. O Araraquara afundou em cinco minutos na foz do Rio Real. 66 tripulantes e 65 passageiros morreram. Onze sobreviventes chegaram à costa brasileira em um bote salva-vidas.

Annibal Benevolo: em 16 de agosto de 1942, era um navio mercante desarmado de um estado neutro, mas Schacht a bordo do U 507 decidiu atacar mesmo assim. Às 9h13, dois torpedos do U 507 atingiram a popa e a sala de máquinas do Annibal Benévolo. O navio afundou quase imediatamente, em apenas 45 segundos. Apenas o capitão e outros três tripulantes sobreviveram agarrando-se aos destroços e finalmente conseguindo desembarcar em Estância. Os 67 membros restantes da tripulação e todos os 83 passageiros morreram no naufrágio.

Itagiba, sudoeste de Salvador: em 17 de agosto de 1942, às 13h41, um navio a vapor partiu para o ataque. Às 15h49, Schacht disparou um torpedo contra o navio. Este torpedo atingiu o Itagiba no lado bombordo, no mastro traseiro. Agora o navio afundou em 10 minutos. 10 tripulantes e 26 passageiros morreram. O capitão, 49 tripulantes e 95 passageiros desembarcaram em seus botes salva-vidas na costa brasileira.

Arará, sudoeste de Salvador: em 17 de agosto de 1942 às 17h10. um navio a vapor que estava procurando sobreviventes no local do naufrágio do Itagiba, que já havia afundado, e foi atacado e afundado pelo submarino alemão. Às 18h03, Schacht disparou um torpedo contra o navio. Este torpedo atingiu o Arará após 15 segundos e o afundou. 20 tripulantes morreram. Vinte tripulantes chegaram à costa brasileira no dia seguinte.
Escolheram a costa nordestina de um país neutro para cometer as barbaridades contra civis

Como Durval descreve em seu livro “Operação Brasil”, os ataques insidiosos e mortais dos alemães ocorreram em um final de semana e a uma certa distância das praias, então demorou um pouco para que a informação se espalhasse. No dia 18 de Agosto, a notícia chegou em cheio, espalhando ondas de medo pelas capitais do Nordeste.
O U-507 ainda retornou ao Brasil em Janeiro de 1943, mas desta vez foi destruído por uma aeronave Catalina da Força Aérea dos EUA perto de Fortaleza. Seus destroços podem ser encontrados em grandes profundidades neste litoral.
Os alemães não pararam de atacar o Brasil e de matar brasileiros
Em 28 de Setembro de 1942, na costa do Brasil, o submarino alemão U-516 (Capt. Wiebe) afundou o cargueiro brasileiro Antonico (1223 GRT) com seu canhão de convés sem aviso. O navio estava fretado pela PanAm Airways com uma carga de cimento e asfalto de Belém para Paramaribo (Suriname). A tripulação deixou o cargueiro imediatamente em um pequeno e dois grandes botes salva-vidas. Quando eles deixaram o cargueiro, eles entraram na linha de fogo do cargueiro. Os náufragos que flutuavam na água foram resgatados pelos outros botes salva-vidas e os barcos chegaram à costa brasileira em 29 de Setembro de 1942. Dois homens morreram posteriormente devido aos ferimentos, 24 dos 40 sobreviveram.
Outros navios brasileiros afundados por alemães, depois da declaração de guerra pelo Brasil
O Osório (5 mortos), o Lajes (3 mortos), o Antonico (16 mortos), o Porto Alegre foi afundado em 3 de Novembro (1 morto), o Apalóide, no dia 22 de Novembro (5 mortos). No ano de 1943 foram afundados mais navios, no dia 18 de Fevereiro, foi a vez do Brasilóide (sem vítimas fatais), no dia 2 de Março, o Afonso Pena (125 mortos), no dia 1º de julho, foi a vez do Tutoia, (7 mortos). Depois, em 4 de Julho, o Pelotaslóide (5 mortos),die 21 de Julho o Tutóia, (sem vítimas fatais), no dia 22 de Agosto, um pequeno barco de pesca com o nome de Shangri-lá, (10 mortos), no mesmo dia à noite, o Bagé, (28 mortes).
Em 26 de Setembro, é torpedeado o navio Itapagé (22 mortes). Na madrugada do dia seguinte, o Cisne Branco, um pequeno barco que auxiliava as forças navais naufraga no litoral do Ceará deixando quatro mortos. Em 23 de Outubro, é a vez do navio Campos (12 mortos). No ano seguinte, o Brasil ainda sofreria a perda do Vital de Oliveira, único navio militar afundado por ação inimiga na guerra. O afundamento, ocorrido em 20 de julho de 1944, na costa do Rio de Janeiro, custou a vida de 99 pessoas.
Os submarinos alemães afundados ao largo do litoral brasileiro foram U-590; U-662; U-507; U-164; U-598; U-591; U-128; U-161; U-199; U-513 e Archimede.
Karl Dönitz
Ele era um admirador fanático de Hitler. Em sua última mensagem de rádio ao Führerbunker, o futuro presidente do III Reich prometeu “pôr fim a esta guerra, como exige a incomparével luta heróica do povo alemão”. Porém, após a notícia inicialmente ultrassecreta do suicídio de Hitler, que chegou a Dönitz na noite de 30 de Abril de 1945, o fêz perder seu fascínio repentinamente. Ele ainda governou a Alemanha por 522 horas e 27 minutos (“O Governo Dönitz”).
Karl Dönitz, que era um admirador fanático de Hitler, foi levado perante ao Tribunal de Nuremberg e acusado dos mais graves crimes que pudessem ser atribuídos a um oficial do mar. Ele foi acusado não apenas de conspirar para travar e executar uma guerra de agressão, mas também de crime bárbaro de guerra: ele não fez nenhum esforço para resgatar os sobreviventes de navios torpedeados. Além disso, de acordo com a acusação, Dönitz foi responsável pela morte de centenas de civis, incluindo mulheres e crianças, bem como passageiros de navios mercantes, pois as ações de seus submarinos era para agir friamente. Ele ficou preso por dez anos, depois levou uma boa vida até falecer no Natal de 1980.
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